sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Governo do Piauí entra em 'colapso de segurança' com greve da Polícia Militar


Bombeiros e Policiais garantem que não permitirão que aviões pousem em Teresina e tragam grupo especial.


O
governador Wilson Martins (PSB) informou que que convocará a Força Nacional para fazer o policiamento nas ruas de Teresina e nas principais cidades do interior Piauí em substituição aos policiais e bombeiros, que deflagraram greve na noite de quarta-feira, chamando de movimento de “Polícia Legal, Tolerância Zero”.


A reunião entre o governador Wilson Martins e os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Piauí, sobre as reivindicações dos integrantes do movimento "Polícia Legal, Tolerância Zero", não resultou em acordo. O governo afirmou que não tem condições de atender as reivindicações das classes, e que irá convocar a Força Nacional para garantir a segurança no estado. Integrantes do movimento afirmam que vão fechar o aeroporto e não permitiram o pouso da Força Nacional em Teresina.
Na reunião que aconteceu no início da tarde de quinta-feira entre o governador, o comandante da Polícia no Piauí, coronel Rubens da Silva Pereira, e o comandante do Corpo de Bombeiros do Estado, Cel. Manoel Santos, Wilson Martins afirmou que não há como atender as reivindicações e que já fez o pedido para a Força Nacional garantir a segurança no Piauí.
No movimento, policiais só vão as ruas se estiver armado apropriadamente, com colete balístico e munição não vencida suficiente e se o motorista estiver legalmente habilitado para conduzir veículos de emergência, em viatura licenciada, com extintor, cela, sirene, placa e documentos regularizados
Flaubert Rocha, presidente da Abmepi (Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Piauí), afirmou que a Força Nacional não irá intervir e que, caso venha ao Piauí, não terá o pouso permitido.

"Vamos retirar os bombeiros do posto do Aeroporto Petrônio Portella e assim não terá voos", disse.
O coronel Manoel Santos, comandante do Corpo de Bombeiros, afirmou que a paralisação no aeroporto é inviável.
"Os bombeiros trabalham no aeroporto em parceria com a Infraero, que é muito rígida em questões de segurança. Jamais eles permitiriam que nós trabalhássemos sem o equipamento adequado. Além disso, em caso de paralisação, será gerado um prejuízo muito grande para o estado", declarou.
O coronel Rubens Pereira falou que na folha de pagamento de maio já foi repassado aumento salarial e que, por este motivo, só deve acontecer no próximo ano.
Governo do Estado ingressa com ação no Tribunal de Justiça pedindo decretação de ilegalidade da greve dos póliciais militares
A Procuradoria Geral do Estado ingressou com ação no Tribunal de Justiça solicitando a ilegalidade da greve dos policiais militares iniciada na noite de quarta-feira.
O procurador geral do Estado, Kildery Ronne, informou que foi informado de que os policiais militares estão parados em todo o Estado e toda paralisação de serviços significa greve.
“Os policiais militares estão em greve, não existe outro nome para essa paralisação”, declarou o procurador Kildery Ronne.
O secretário estadual de Administração, Paulo Ivan, declarou que os policiais do movimento "Polícia Legal, Tolerância Zero" estão fazendo greve com outro nome, o que é ilegal.
Ele lembrou que a Constituição Federal proíbe aos policiais militares de fazerem greve e de se filiarem em sindicatos. "Eles estão com as atividades paradas e isso é greve", disse.
Paulo Ivan falou que o governador Wilson Martins já tinha acertado com os policiais militares uma negociação salarial que poderia ser dado no soldo ou como subsídio, mas os militares entraram de greve antes do final do prazo das negociações.
O secretário estadual Paulo Ivan chamou a paralisação de 48 horas dos delegados da Polícia Civil de “exercício de direito”, mas em relação à paralisação dos policiais militares, Paulo Ivan conceituou de “violação de dever”.
Ivan falou que os todos os pedidos de aumento de salários merecem respeito e, pelo menos, um estudo retido, o que está sendo feito em relação às solicitações. .
No caso das reclamações dos delegados de que a Secretaria Estadual de Administração faz cortes em seus salários, Paulo Ivan falou que quem trabalha 56 horas semanais durante a noite como os delegados da Polícia Civil não podem receber 64 horas semanais como estava acontecendo.
“Estavam sendo pagas 64 horas, quando os delegados trabalham 56 horas”, falou Paulo Ivan.
Ele disse que o governador Wilson Martins, antes de qualquer movimento, determinou que fosse verificado o aumento máximo a ser dado para os militares. Essa determinação foi comunicada às Associações dos Militares – dos cabos e soldados, sargentos e subtenentes e dos oficiais, durante reuniões.
Paulo Ivan informou que as Associações dos Militares foram comunicadas que no prazo de 30 dias seriam apresentadas as propostas, o prazo não expirou, e ainda assim iniciaram a greve.
“Este movimento, na minha opinião, está violando a lei. O movimento Polícia Legal, Tolerância Zero é na verdade uma greve com outro nome. Estão em estudo duas sistemáticas de pagamento, que é por remuneração, que é a vantagem básica e com várias outras, e o subsídio, que é uma só parcela. Estão sendo estudadas essas duas soluções”, declarou.
Ele falou que a Constituição Federal, em seu artigo 142, diz taxativamente que ao militar é vetada a sindicalização e a greve. “Pela leitura da Constituição, a greve dos militares é ilegal. Eles estão deixando de trabalhar e quem deixa de trabalhar está em um movimento de paralisação e paralisação em qualquer lugar do mundo é greve”, falou Paulo Ivan.

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